terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Obsessões

Todos nós temos as nossas obsessões. Eu próprio tenho as minhas. Mas há pessoas que levam as suas obsessões ao extremo. Conheço inúmeros casos de pessoas obcecadas com alguma situação ou com alguém.

Recentemente, tive conhecimento de um homem, já com os seus 50 e muitos anos, que me é próximo, que desde que se casou vivia obcecado com o facto de saber se a sua mulher seria virgem antes de ter casado com ele. Estavam casados há mais de 30 anos e ele continuava com aquilo na cabeça.

Bem, comecei por explicar-lhe que o que importa é se ela se portou bem durante o casamento e não o que fez antes de se casar. Respondeu-me que isso são "coisas do meu tempo" e não do dele. A conversa continuou até que tive coragem para lhe perguntar se ela tinha sangrado durante a primeira relação deles. A resposta deixou-me pasmado: "sangrou, mas estou convencido que estava com o período". Dei por mim a dar-lhe umas lições de biologia, a dizer-lhe a lubrificação durante a menstruação é um pouco diferente, que não é apenas sangue mas sim sangue e muitas células e que a consistência e a cor são diferentes do sangue normal. Se ela estivesse na menstruação ele daria facilmente conta disso.

Convencido? - perguntei. "Se tu o dizes, quem sou eu para duvidar", respondeu. A partir desse dia tenho notado um ambiente melhor entre o casal. Talvez tenha curado uma obsessão de décadas!

O certo é que isto me faz pensar muito e compreender melhor a mente das pessoas que, num acto de loucura, cometem crimes passionais. São pessoas obcecadas com algo ou alguém. Todos nós temos as nossas obsessões, mas alguns levam-nas ao extremo.

5 comentários:

Anônimo disse...

Em tempos fui alvo de uma obsessão talvez pior que essa. Um namorado de cerca de 8 anos, com que acabei uma relação que todos já fadavam ao casamento, meteu-me à força num carro e disse que haveria de me desfigurar ou matar, porque se eu não o queria ninguém haveria de me querer também. Foram meses terríveis, de pânico constante, porque ele me seguia constantemente e ameaçava os meus amigos e as pessoas com quem eu saía. Tive uma depressão à custa disso, e sentia-me, eu, sem culpa nenhuma, a culpada da obsessão de uma pessoa a quem tinha dedicado 8 anos da minha vida. Felizmente ele curou-se, e embora não tenha esquecido, nem deixado de tentar, já respeita o nosso fim e o facto de eu ter seguido a minha vida. Mas foi há mais de 5 anos. Estava na hora...

Ka disse...

Credo Mente despenteada...

Até arrepia essa história!!!

Eu só tive um ex-namorado um bocado insistente, que também me seguiu durante uns meses mas nunca chegou a ameaças nem nada do género, no entanto foi um sufoco pois a qualquer sítio que eu fosse lá estava ele.
Eu imagino o sufoco de uma pessoa ser ameaçada, principalmente num país onde a jsutiça tarda em funcionar.

fernando alves disse...

Quando se trata de 2 mulheres bonitas e interessantes, é habitual existirem homens que se perdem dessa forma! ;)

Os casos que eu conheço não são tão graves e são raparigas, ao contrário dos vossos casos.
Dizem sobretudo respeito a fixações com rapazes que não lhes ligam nada ou então só têm interesses puramente físicos (oh pra mim, a usar um eufemismo!). Chegam a andar anos a gostar de um rapaz que não lhes passa cartão e as impede de levarem uma vida normal ou refazer a sua vida sentimental com outras pessoas.

Não compreendo a fixação de algumas mulheres com o seu primeiro e grande amor (que muitas vezes é um canalha).

Ka disse...

eheh Fernando pela parte que me toca obrigado pelo piropo :)

já aogra, não tem nada a ver com este post mas peço-te que vás ver o mail que te enviei.

Até já

Anônimo disse...

Ora "prontos"... Agora vejo-me na contingência de ter de agradecer a gentileza do comentário do nosso Fernando, supondo que serei eu a outra mulher bonita e interessante a que ele se refere! Obrigada pelo elogio, e por considerares que, no meu caso, será merecido. Quanto à loucura por que todos nós passamos a dada altura das nossas vidas, há de facto quem a ultrapasse com relativa celeridade e inteligência e há também que insista em perpetuar uma situação que, além de não trazer nada de novo ou sequer de positivo, arrasta as pessoas numa agonia continuada de "eu quero, mas ele não me quer". Bem sei que para quem está de fora parece tudo muito mais fácil, mas tenho para mim que só é obcecado quem não tem força de vontade, ou sequer um impulso, para dar a volta à coisa e seguir em frente. Tempos houve em que me era muito difícil tomar uma decisão em termos afectivos (ir ou ficar), mas depois aprendi: quando se diz não, deve dizer-se com convicção, sem lugar para dúvidas. E quando se recebe um não, deve adoptar-se a mesma postura. Afinal, quem não quer é que perde! :)