domingo, 4 de março de 2007

Razão e emoção


Somos seres racionais ou emotivos? Se for racional, sou calculista? Se for emotivo, sou inconsciente?

Nos últimos dias tenho vivido um dilema entre a razão e a emoção. Normalmente, costumo racionalizar os meus sentimentos, as minha emoções. Tendo a reger-me por aquilo que a minha cabeça pensa ser o mais correcto. Talvez por medo a sofrer, não sei...

O certo é que penso, infelizmente, que seguir sempre o nosso coração é uma tolice. Se isso faz de mim uma pessoa calculista, lamento. Quem segue apenas o seu coração vive intensamente. Mas também sofre intensamente.

Mas desta vez ainda não sei o que vou seguir: a razão ou o coração.

9 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Fernando!

Interessante dilema esse que vives. Gostava de poder dizer-te que um ou outro caminho estão certos, mas temo que só o equilíbrio entre uma e outra coisa será acertado. De qualquer modo, acho que quem vive com emoção vive de facto mais intensamente, de um modo mais pleno e realizado. Claro que pode sofrer mais por isso. Corre esse risco. Mas racionalizar tudo também nos torna frios, sem alma. E isso também não é bom. Um amigo disse-me um dia que o ideal é guiamos bem uma criança, e de vez em quando deixarmo-nos guiar por ela. As crianças são emotivas por natureza. E no entanto, tantas e tantas vezes, descobrem as melhores soluções e os caminhos de vida mais interessantes. Qualquer que seja o teu dilema, ousa ousar. Aventura-te! Vive o presente sem que ele te envenene o futuro. Um dia saberás se foi a opção certa. Se não foi choras. Mas depois lavas a cara, ergues a cabeça e segues em frente. Corre o risco de te arrependeres do que fizeres, e nunca do que não sabes se gostarias de ter feito. Espero ter sido útil. Beijinhos, e boa decisão.

Anônimo disse...

Recomeca,
se puderes,
sem angustia e sem pressa.
E os passos que deres
nesse caminho duro
do futuro
da-os em liberdade.
Enquanto nao alcances
nao descanses.
De nenhum fruto
queiras so metade.

Miguel Torga

Ka disse...

olá Fernando!

Pois é.. é tramado quando nos toca a nós analisarmos o que é melhor. Quando analisamos uma situação que não nos envolve, conseguimos ter a chamada distância crítica e fazemos uma leitura muito melhor.

Quando é connosco é mais difícil pois a emotividade tira-nos essa distância critica.

Mas, apesar disto, concordo com a mente despenteada pois é preferível arrependermo-nos de algo que fizemos do que de nunca o ter feito.
Só há uma excepção onde isto não se aplica: se nessa equação estiver outra pessoa que pode sair magoada então devemos pôr as cartas na mesa. Arriscamos mas conscientemente e avisando sempre essa pessoa do que pode acontecer. Quando as atitudes são tomadas em consciência tiramos muito mais prazar nelas.
Sempre tentei agir assim.. e muitas vezes bati com a cabeça na parede... mas sabes uma coisa?
Pelo menos sei que vivi!! Viver na segurança pelo medo de nos magoarmos também não tem piada nenhuma.

fernando alves disse...

Concordo plenamente com ambas. Seguindo o coração vive-se com mais intensidade e só nos podemos arrepender daquilo que não fazemos.

No entanto, penso que seguirei a minha cabeça, e a razão é simples: reatariam uma relação à distância com uma pessoa em quem perderam toda a confiança?

Pois, por muito que o coração nos peça para viver com intensidade, por vezes é melhor viver com precaução, até porque nem sempre é fácil levantar a cabeça depois de uma grande desilusão.

Ka disse...

CAro Fernando,

Claro que há situações e situações...
Lembra-te de uma coisa: nada acontece por acaso e o que tem de ser tem muita força (eu nunca me lembro disto quando passo por momentos mais difíceis mas depois tudo tem o seu sentido).

Ka disse...

é Verdade.. vai ao teu mail :)

fernando alves disse...

Já fui e já te respondi.

Sim, o que tem que ser tem muita força. Mas nós também temos que ter força, não é?

Obrigado

Anônimo disse...

Fernando,

Depois de teres especificado um pouco melhor do que se trata, mudo ligeiramente o meu conselho. Se a confiança se foi, se sentes que é irrecuperável, e que não podes dar uma segunda oportunidade, então não vale a pena reatar o que quer que seja. Porque o fantasma da desconfiança estaria permanentemente sobre a tua cabeça, e esse fardo não é suportável. Confiar é preciso. É até mais importante do que amar. A confiança vem do respeito e do saber-se respeitado. Sem ela, na minha opinião, não pode haver amor ou amizade. Muito menos à distância. Talvez seja o momento de seguires a tua cabeça. O coração muda, a cabeça não. Boa sorte. Beijo

fernando alves disse...

Obrigado pelos vossos valiosos conselhos.
A decisão já está tomada: segui a cabeça. Teve que ser. ;)

Prometo novidades em breve!