segunda-feira, 12 de março de 2007

Eu e Deus

Tenho uma relação muito complicada com Deus. Sempre tive. Talvez tenham sido as amarguras da vida e a eterna incompreensão adolescente do mundo que me levaram a isso.
Tive alturas em que fraquejei e alturas em que a fé renasceu. Tive alturas em que exigia coisas de Deus que eu, no fundo, não merecia.

Olho para Deus como se fosse um Pai e, tal como um pai verdadeiro, tenta educar os seus filhos nem que para isso tenha que ser (ou parecer) rígido. Deus educou-me assim. Fez de mim o que sou hoje. E quando pensava que já tinha chegado onde Deus queria, eis que Deus me prova que ainda tenho um longo caminho a percorrer.

Na época em que a minha fé fraquejou, aos 18 e 19 anos, dizia em tom de sarcasmo "eu e Deus somos iguais: ambos gostamos mais das pessoas quando estas estão a sofrer". O sofrimento torna as pessoas mais humildes, é verdade, mas gostar mais das pessoas quando estas sofrem, embora possa parecer um acto de caridade, é uma idiotice, é uma forma estúpida de exercer controlo sobre alguém vulnerável.

Hoje, volto a colocar o meu destino nas mãos de Deus, e resta-me esperar que me dê pistas sobre o caminho a percorrer para que eu me torne uma melhor pessoa.

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