sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Defeitos

Já alguma vez perguntou a alguém os seus defeitos? Com certeza que sim.
Toda a gente tem muita dificuldade em assumir os defeitos que possui. Ou porque não sabe quais são eles ou porque o orgulho é maior. E depois dizem algo do género "sou muito teimoso", "sou preguiçosa" ou "às vezes sou mázinha". Visto bem as coisas, ninguém se conhece bem, ou então recusam-se a admitir que estão errados.

Raramente se ouvem as pessoas a assumirem defeitos a sério: serem manipuladores, vingativos, interesseiros, egoístas... Esses, que são os defeitos mais comuns, ninguém os assume.

Mas eu assumo. Não sou nenhum santo, apesar de tentar ser a melhor pessoa que posso. Mas, como todos, sou humano e tenho as minhas falhas. Os meus defeitos? Sobretudo, vingativo e manipulador. Admito que me vingo se me fazem mal ao ponto de os meus amigos me dizerem que sou maquiavélico e não olho a meios para atingir os meus fins. Admito que manipulo as pessoas para conseguir determinados objectivos, embora não pense que esteja a prejudicar essas pessoas.

Isto são defeitos verdadeiros. E assumo-os acima de tudo porque me conheço muito bem a mim próprio. Sei do que sou capaz quando me magoam. Mas também sei voltar atrás e dar o braço a torcer, talvez porque, felizmente, guardar rancor não é um dos meus defeitos.

6 comentários:

confratis disse...

devias era contar histórias da tua vida, já que estás numa de histórias.....

fernando alves disse...

Meu caro amigo,
se me ponho a contar histórias da minha vida, tu acabas por aparecer nelas, o que pode constituir um problema. ;)

confratis disse...

estas à vontade caro amigo...

Ka disse...

Conta, conta!!!

Estou a brincar é claro :)

Fernando, é só sensação minha ou este teu blog está a ser como uma purga pessoal? (as purgas fazem bem :))

fernando alves disse...

Olá Ka,
se calhar o blog reflecte aquilo que me vai na alma actualmente. Com o tempo deverá evoluir (espero eu!).

Liliana F. Verde disse...

Já fiz isto! Uma vez cheguei ao pé dos meus pais e perguntei-lhes isso. Não foi fácil dizerem-me o meu pior defeito... mas chegaram lá.

Por acaso, este tipo de "exercício" até é interessante, pois acabamos por ter melhor consciência do que os outros pensam de nós e de como devemos ser com eles.